quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Com amigos como esses...


3. Estar sob a suposta maldição de Deus e ter o sentimento de que a vida não tinha nenhum valor real já devia ser bastante difícil para Ana. Que problema adicional tinha ela? 1Sm 1:6, 7



Frequentemente, os que são mais próximos de nós são os que sabem o que mais nos fere. Com as constantes provocações de Penina, não é de surpreender que a vida de Ana se tornasse difícil. O texto bíblico enfatiza que as provocações se repetiam ano após ano, a mesma história de sempre. É interessante notar que a palavra hebraica para a ação da rival de Ana (“provocava” [ARA], “irritava” [ARC]) é frequentemente usada no Antigo Testamento para descrever os pecados graves que provocam a reação divina direta (veja Dt 9:18; 31:29). Essa não era só uma observação rápida, furtiva. Parece ter sido uma estratégia premeditada e consciente de Penina para provocar Ana a fazer algo impensado. Afinal, Ana era sua única rival nos afetos de Elcana (1Sm 1:5).


Os insultos de Penina pretendiam realmente ferir. Talvez as piores feridas venham daqueles que não pretendem nos ferir. Quem, em meio a dor terrível, não se sentiu pior ainda por causa de pessoas bem intencionadas que disseram ou fizeram a coisa errada?



4. Folheie rapidamente os primeiros cinco ou seis capítulos do livro de Jó. Os amigos de Jó estavam verdadeiramente tristes pelo que ele experimentava (veja Jó 2:12, 13). Mas como eles tornaram o problema ainda pior para ele? Por que é exatamente assim que não se deve reagir ao pesar dos outros?



A perda das posses materiais ou de pessoas próximas a nós provoca profundas dores. Enfermidades ou circunstâncias de nossa vida podem parecer assustadoras e nos levar ao desespero. Às vezes, viver com profundos desejos não realizados remove de nossa vida todo senso de esperança. As coisas vão de mal a pior quando temos que enfrentar não só profundas dores ou circunstâncias ruins mas também pessoas que parecem especialistas em tornar insuportável a vida. Essa combinação de sonhos não realizados e constantes tensões precipitou o clamor de Ana diante do Senhor. Às vezes, precisamos apresentar persistentemente nossas dores e frustrações diante de Deus. Quando chegamos ao fundo do poço, precisamos procurar respostas fora de nós.

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